segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Nada atormenta mais que uma alma desconcertada
Alma sem concerto, sem caminho certo
Rodopia e rodopia sem nunca encontrar algo que a satisfaça
Não existe nada que a consiga arrastar das trevas onde cresceu
Nada a consegue salvar
Nada, nem ninguém conseguirá

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Futuro incerto, longe longínquo
Sonho acordado que foge sozinho
Foge no espaço e no tempo.
Linhas que desaparecem deixando marcas da sua existência macabra e derretida por vozes silenciosas.
Um véu que cobre o que devia ser descoberto.
Descoberto em tudo e em nada.
Vontade que não existe, mas que sempre existiu.

domingo, 1 de dezembro de 2013

Como se sabe se já acabou? Quem disse? Quem o terminou? Quem, na sua imagem de decisão conseguiu ser tão cruel ao acabar?
Acabar com a vida, a amizade, o amor, a paciência, o bom humor, a festa, a bebida e o cigarro?
Mas quem?
Quem é que mandou?!
Mas quem é que ditou essa regra?
A regra de que tudo acaba, que tudo tem o seu fim, porque tem o seu principio.
Quem é que ditou que o princípio tem o seu fim, mas o seu fim não pode ter o seu princípio?
Qual é a ideia? A lógica? Qual é a argumentação possível e plausível para tal?
Expliquem-me!
Exigo a resposta!
Não, nada tem fim!
Tem que haver essa possibilidade...
Contingentes sociais que de bom nada têm.
Pessoas sem cabeça, tronco e membros.
Formigas que querem ser borboletas.
Rochas que nunca ganharam vida.
Ilusão, obscura e sombria
Movimentos da noite que alternam o dia
Rodopios de luz com jogos das trevas
Tempo infinito com fim marcado
Ruínas reconstruídas
Dilaceração de substâncias.

sábado, 30 de novembro de 2013

Materiais soltos de uma impregnancia bruta. Substância que vive dos pecados da alma caídos na imensidão de preto e branco que preenchem tudo o que é visível.
Magoa, arranha, sangra, espezinha, humilha, mas cura, protege, cuida...
Substância que contém as trevas e a luz, rodopiando aos saltos entre as duas até que se torna num ciclo vicioso onde nunca se tem paz.
É o ódio de odiar aquilo que não pode ser odiável.
Masoquismo, a substância é masoquista!
O que faz doer, faz gostar ao mesmo tempo.
É o prazer insaciavél que corre nas veias.
A droga mais pura, que mais efeitos dilacerados tem.
Música mais deprimente e alegre ao mesmo tempo
Mais deprimente.
Mais alegre.
Constantes que mudam com o passar do tempo.
Átomos deixam de se conjugar, para mudarem de coligação.
Partido político com várias crenças.
Religião que muitas vezes não tem fé.
Esperança que nunca acaba.
Mundo que não tem volta.
É a viagem sem regresso.